O Rio de Janeiro continua quente...

Ele me veio ao meio encontro com um abraço. E um gostoso beijo na boca.
Me desconsertou totalmente, primeiro ponto para o mocinho.
A gentileza em pessoa. Pega na mão, abre a porta, fecha, puxa a cadeira, você gosta dessa comida?
A conversa fluiu em meio a risos, comidinhas, como se fossemos amigos de infância (e não éramos?).
Onze horas da noite, saída do restaurante, onde estamos indo?
Vou te levar pra casa. Casa? De quem? Agora? Já? Como assim? (ele queria frustrar uma mocinha?)
E tudo aquilo que o beijo prometeu?
Golpe de mestre dado. Blefe aceito. Esse moço tem sorte porque tinha as referencias certas. Do contrário seu blefe teria ido por água abaixo.
Um desvio de caminho. O carro começou a esquentar. Mãos passeando e talvez confirmando desejos. No elevador a coisa ferveu.
Quando a porta se fechou atrás de nós era exatamente tudo que eu desejava.
Eu era toda dele. Em suas mãos.
A mercê daqueles olhos que me atravessavam, me devoravam, me desejavam, penetravam minha alma.
E eu fui conduzida, despida e ajudei a despir.
E me entreguei. Sem medo, sem razão, somente desejo.
Gemidos, suor, calor, pele contra pele, saliva, umidade.
Mãos e bocas para todos os lados.
Falta de ar. Eu poderia morrer com tanto desejo.
Ainda não. Mais mãos, boca, pele, suor, gozo, desejo, gemidos.
Agora. Quente, molhado, encaixe perfeito.
Ele dentro de mim, me enlouquecendo.
Olhos que chegam a mudar de cor.
Prazer puro e mútuo.
Sim, foi tudo o que eu ansiava após tantas provocações.
Espero que eu tenha gemido tão gostoso quanto você imaginou um dia.