Ela é muito religiosa. Aprendeu com seus pais que sexo por
prazer é pecado. Que entre marido e mulher pode, como forma de criar intimidade
entre o casal. Fora isso, não é positivo.
E assim ela casou. Prazer no sexo? Ela teve, não pode negar
que já sentiu algum arrepio, mas sem muitas novidades faz tempo. Sempre se
preocupa em satisfazer o marido, mas tendo que reprimir muito do que pensava. “Mulher
não pode querer ter prazer”.
Com o tempo, a relação em casa esfriou mais ainda. A
conjunção carnal era mais obrigação do que algo gostoso. E aquele vazio que ela
sente?
Ela chegou aos 30. Está segura de si, ciente de suas
qualidades, e com total conhecimento de seu corpo. Ela quer experimentar novas
sensações, quer sentir aquele prazer intenso que tanto ouve falar. Ela agora se
permite.
E eis que entro em sua vida.
Confessa que me achou atraente, e principalmente que vê em
mim alguém que sabe tratar bem uma mulher, e que está pensando em mim mais do
que deveria.
Nossa conversa fica mais íntima, demonstro o quanto ela me
atrai. Ela sabe que posso ser a pessoa que ela sempre quis junto dela. Adoro
provocá-la, e consigo ver em seu semblante a eterna dúvida entre sentir tudo
aquilo que sempre quis, e a culpa por uma atitude que sempre entendeu ser
reprovável.
Por fim, ela entra em meu carro, e deixa que eu conduza a
situação. Ela está tensa, quieta, séria, e com carinho tento deixá-la mais próxima.
Chegamos a minha casa, ao meu quarto, e ela olha ao redor
meio sem saber como agir. Digo que estou com calor, ligo o ar, tiro minha
camisa e me recosto na cama. Ela não esconde mais a vontade, deita ao meu lado
e começa a acariciar meu corpo. Minhas mãos passeiam também pelo seu corpo, e
beijo longamente sua boca.
Ela agora é outra mulher. Seu olhar está diferente. Não só
porque tirei os óculos que a deixava séria, mas porque ela está com aquele
jeito feminino, sensual, que a mulher tem quando sente desejo. Ela está cheia
de atitude, me beija, tira minha roupa.
Quando me puxa para o chuveiro, e fica roçando em mim, fico cheio
de tesão. Não resisto, aperto sua cintura e a penetro enquanto ela empina seu
bumbum para mim. Falo o quanto ela é linda, sensual, gostosa! Passo minhas mãos
pelas suas costas e ela geme. Essa reação me deixa louco e entro nela com muita
rapidez, a sensação é indescritível. Gozo forte, e também sinto seu corpo todo
tremendo de prazer.
Deitamos um pouco, ela está agora mais retraída. Quando o
prazer acaba, a consciência de ter feito algo errado aparece. A culpa. “Não
fique assim, o que estamos tendo é lindo, é gostoso, faz bem a você”. Ela ainda
não está convencida, então começo a beijar seu corpo. De forma bem lenta,
carinhosa. Ela se entrega, me deixa fazer o que quiser, sinto-a relaxada, respirando
cada vez mais ofegante a cada toque dos meus lábios pelo corpo dela. Meu oral é
lento, quase um beijo. Ela geme cada vez mais alto, se solta totalmente, tem
vários orgasmos que a fazem ficar tonta com um prazer que nunca sentiu. Ela
quer que eu pare, renegando estas sensações, mas me recuso. Continuo até que
ela implora que eu fique em cima dela e a penetre. Obedeço, e enquanto entro e
saio lentamente, ela me beija sem parar. Também crava suas unhas em minhas
costas. Eu deixo, este momento é todo dela e ela pode fazer o que quiser. Passado
alguns minutos, ela já geme alto, não consegue mais controlar o que sente, o
beijo é angustiado, aflito. Paro de beijar quando solto um urro e o gozo vem.
Perdi o controle também. Adoro quando isto acontece.
Quando ela tem que ir embora, ela se despede de mim de forma
carinhosa. Não há mais remorso, não há culpa, não há dúvidas. Ela já sabe que é
uma grande mulher, atraente, feminina, e que pode se sentir mais completa na
vida. Ela está pronta para ser feliz!