segunda-feira, outubro 27, 2008

Férias!

Sei que ando bem sumida, e não sei como ainda passa alguém por aqui, mas meu contador indica que ainda passa! To devendo ha semanas um post (in)decente e aviso que vou ficar devendo por mais um tempo.
Férias do blog, do trabalho, da vida, talvez de mim mesma.
Vamos torcer pra na volta eu estar cheia de novas histórias, ou pelo menos com as velhas, mas recicladas.
Enquanto isso, fiquem talvez com posts do Traidor ( a depender da inspiração dele) e também com os blogs amigos que eu indico aí do lado. Todos eles são fantásticos, cada um ao seu modo.

terça-feira, outubro 07, 2008

A Primeira Vez do Edu

Atendendo a um convite da Lyn Monroe, resolvi fazer algo que não costumo fazer: narrar algum evento genuinamente biográfico. Ou como ela prefere, "confessar" a vocês como foi a minha primeira vez. Mas já aviso de antemão, não vou conseguir contar como foi, mas apenas como me lembro ter sido, o que é bem diferente. Passados tantos anos e considerando que apesar de uma ótima experiência não chegou a se tornar exatamente um marco na minha vida, não sei o quando me escapa à memória e quando não é fruto da minha reflexão neste momento. Vamos tentar. (texto do Edu, do Só os corpos se entendem)

Eu fui um adolescente de certo modo tímido. Tinha um bom relacionamento com o pessoal com quem jogava (mau) futebol e interagia bem com as meninas. Porém nunca fui o tipo popular ou o tipo seguro, fazia mais a linha nerd, CDF, Caxias, ou sabe-se lá que apelido pouco bonito se dá a quem gosta de estudar. Isso não seria tão problemático se duas coisas não me apavorassem: ouvir um não e ser invasivo ou rude. Por conta disso passei mais tempo nutrindo paixões platônicas por amigas e me aprofundando na teoria que de fato praticando.

Por eu ser muito discreto poucas pessoas sabiam que ao 17 anos eu ainda não havia beijado, o que aconteceu poucos meses antes da formatura do 3º ano do Ensino Médio, como se diz hoje. Bom, entrei na faculdade no ano seguinte quando conheci minha primeira namorada, quase no final do primeiro ano da graduação. Descobri rápido que era bem legal aquele negócio de beijar, abraçar e agarrar. Na mesma velocidade descobri que as roupas atrapalhavam e a inexperiência dela (e minha) complicava tudo.

Após quatro meses de carinhos a boa educação já estava começando a ficar incômoda. Depois de tantos dias de mão na mão, mão naquilo e aquilo na mão, não era só o meu corpo que queria mais. Lembro-me que estávamos nos beijando num gramado da faculdade e a coisa começou a esquentar. Beijo na orelha, no pescoço, aquele afago mais safado e... parei tudo antes que ela parasse.

- Olha, está muito difícil. Ou a gente passa para outra etapa ou... ou a gente passa para outra etapa!

Na mesma hora pensei, "Fodeu! Vou levar um pé na bunda e ficarei mais uns bons meses, talvez anos, na mão. Idiota!"

- Você tem razão.

- Tenho?

- Eu também quero. Onde?

No gramado é que não seria. Eu dividia apartamento com mais dois amigos e precisava confirmar a ausência dos caras. É claro que se eu pedisse eles sumiriam por um tempo, mas preferia fazer à moda dos mineiros.

- No feriado, neste final de semana. Acho que o apê estará vazio.

E realmente estava vazio. Não me lembro se almoçamos juntos ou se a encontrei depois do almoço. Mas lembro que foi na parte da tarde. Sentia-me em dia de prova, tantos anos estudando a teoria e naquele momento precisava descobrir se adiantava alguma coisa ler as revistas Nova e Claudia da minha mãe.

Bom, de fato foram quase quatro meses de preliminares, então, como diria um amigo meu, estávamos os dois na febre do rato. A situação evoluiu rápido no sofá da sala e em minutos já estávamos no clinch. Aliás, era o que realmente parecia, um agarra-agarra sem muita coordenação e pouquíssima eficiência, só que sem árbitro para separar os lutadores. Decidimos ir para a cama. (É sempre uma boa forma de garantir que as roupas serão deixadas de lado)

A verdade é que tudo o que me vinha à mente eram aqueles manuais de montagem de móveis: coloque pino A no orifício B e pressione até ouvir o "clic". Calma, ainda tinha que por a borrachinha no pino A e garantir que o orifício B já estava em condições de proporcionar o "clic".

Por sorte não era só eu que estava louco de vontade. Ela também estava e estava convicta disso. Mais sorte ainda o fato de a gente ter uma boa intimidade. Passados os segundo do "qual parte fica pra cima? É desse lado mesmo?" ela assumiu a dianteira e mostrou o flanelinha que havia dentro de si:

- Isso, vem... pode vir... mais pra direita, isso... agora pra esquerda, assim... pára.

"Pára?" Eita...

- Machucou? Quer que tire?

- NÃO!!!!! Falei pra parar, não pra tirar! Vem de novo, isso, assim... pára!

- Quer parar e continuar depois?

Antes que ela respondesse a beijei.

- Hmmm, está difícil, né? - Ela disse.

- Ah, dizem que é sempre assim... - respondeu o experiente teórico.

Não vou contar aqui quantas vezes paramos e voltamos a tentar. Uma porque seria muito entediante, outra porque não me lembro. Mas demorou demais!!! Tenho quase certeza que fomos continuar só no dia seguinte.

Após o recomeço, também conhecido como "repita o procedimento anterior", muito comum nos manuais que NÃO acompanham o ser humano, tentei uma manobra inesperada.

- Você faz questão do papai-e-mamãe?

- Hã? Sei lá... o que você está pensando? Não é melhor começar pelo mais simples?

- Mais simples seria você ter nascido sem hímen.

Ok, pula esse não simples.

- É que eu não tenho olhos na cintura, não enxergo o que estou fazendo. Não sou bom de mira nem quando vejo o alvo, sem ver fica difícil!

- Faz sentido. E como você pensa em ver "o alvo"?

- Fica de quatro.

- Hã?

- Você sabe, vai... de gatinhas.

- Agora você vê o alvo?

- Muito bem! Aliás, belo alvo...

- Pára de enrolar, economiza na gracinha e vai...

Em resumo, sobrevivemos à primeira vez. Porém é indiscutível que as coisas melhoraram muito da segunda em diante. A percepção do alvo melhorou muito e nos permitiu explorar vários outros ângulos.

Pensando agora, após tantos anos, acho que foi a melhor primeira vez que tive, especialmente porque foi a única! Falando sério, a namorada à época era uma pessoa especial, estávamos afinados e dispostos. O fato da seleção para-olímpica de futebol encontrar melhor o caminho do gol que nós é mero detalhe.

(Esse fantástico texto foi escrito pelo Edu, do blog Só os corpos se entendem, indico a todo mundo que dê uma passadinha por la, e veja os ótimos textos com que ele nos presenteia.

E o convite pra novas confissões continua aberto pra quem gostar da idéia)



quarta-feira, outubro 01, 2008

Que tal se confessar comigo?

Não, ainda não é pessoalmente! Quem sabe algum dia?rs
Mas que tal quem vem aqui contar a sua primeira transa no confesso?
Foi hilária? Foi muito rápida? Foi mega atrapalhada? Foi bem ruim? Até que foi boa?
Conta pra mim como foi!
Se não quiser contar a primeira, pode ser a segunda, a última, como você quer
que seja a próxima, a dos seus sonhos, a vez que você quiser me contar. Manda pro meu e-mail aqui ao lado.
E eu publico aqui, com seu nome, seu blog, ou totalmente anônimo com o
pseudônimo que você quiser usar! E assim nem sua (seu) namorada (o)
vai reclamar!

E aí? Te seduz a minha idéia?