quinta-feira, abril 04, 2019

A Culpa


Ela é muito religiosa. Aprendeu com seus pais que sexo por prazer é pecado. Que entre marido e mulher pode, como forma de criar intimidade entre o casal. Fora isso, não é positivo.

E assim ela casou. Prazer no sexo? Ela teve, não pode negar que já sentiu algum arrepio, mas sem muitas novidades faz tempo. Sempre se preocupa em satisfazer o marido, mas tendo que reprimir muito do que pensava. “Mulher não pode querer ter prazer”.

Com o tempo, a relação em casa esfriou mais ainda. A conjunção carnal era mais obrigação do que algo gostoso. E aquele vazio que ela sente?

Ela chegou aos 30. Está segura de si, ciente de suas qualidades, e com total conhecimento de seu corpo. Ela quer experimentar novas sensações, quer sentir aquele prazer intenso que tanto ouve falar. Ela agora se permite.

E eis que entro em sua vida.

Confessa que me achou atraente, e principalmente que vê em mim alguém que sabe tratar bem uma mulher, e que está pensando em mim mais do que deveria.

Nossa conversa fica mais íntima, demonstro o quanto ela me atrai. Ela sabe que posso ser a pessoa que ela sempre quis junto dela. Adoro provocá-la, e consigo ver em seu semblante a eterna dúvida entre sentir tudo aquilo que sempre quis, e a culpa por uma atitude que sempre entendeu ser reprovável.

Por fim, ela entra em meu carro, e deixa que eu conduza a situação. Ela está tensa, quieta, séria, e com carinho tento deixá-la mais próxima.

Chegamos a minha casa, ao meu quarto, e ela olha ao redor meio sem saber como agir. Digo que estou com calor, ligo o ar, tiro minha camisa e me recosto na cama. Ela não esconde mais a vontade, deita ao meu lado e começa a acariciar meu corpo. Minhas mãos passeiam também pelo seu corpo, e beijo longamente sua boca.

Ela agora é outra mulher. Seu olhar está diferente. Não só porque tirei os óculos que a deixava séria, mas porque ela está com aquele jeito feminino, sensual, que a mulher tem quando sente desejo. Ela está cheia de atitude, me beija, tira minha roupa.

Quando me puxa para o chuveiro, e fica roçando em mim, fico cheio de tesão. Não resisto, aperto sua cintura e a penetro enquanto ela empina seu bumbum para mim. Falo o quanto ela é linda, sensual, gostosa! Passo minhas mãos pelas suas costas e ela geme. Essa reação me deixa louco e entro nela com muita rapidez, a sensação é indescritível. Gozo forte, e também sinto seu corpo todo tremendo de prazer.

Deitamos um pouco, ela está agora mais retraída. Quando o prazer acaba, a consciência de ter feito algo errado aparece. A culpa. “Não fique assim, o que estamos tendo é lindo, é gostoso, faz bem a você”. Ela ainda não está convencida, então começo a beijar seu corpo. De forma bem lenta, carinhosa. Ela se entrega, me deixa fazer o que quiser, sinto-a relaxada, respirando cada vez mais ofegante a cada toque dos meus lábios pelo corpo dela. Meu oral é lento, quase um beijo. Ela geme cada vez mais alto, se solta totalmente, tem vários orgasmos que a fazem ficar tonta com um prazer que nunca sentiu. Ela quer que eu pare, renegando estas sensações, mas me recuso. Continuo até que ela implora que eu fique em cima dela e a penetre. Obedeço, e enquanto entro e saio lentamente, ela me beija sem parar. Também crava suas unhas em minhas costas. Eu deixo, este momento é todo dela e ela pode fazer o que quiser. Passado alguns minutos, ela já geme alto, não consegue mais controlar o que sente, o beijo é angustiado, aflito. Paro de beijar quando solto um urro e o gozo vem. Perdi o controle também. Adoro quando isto acontece.

Quando ela tem que ir embora, ela se despede de mim de forma carinhosa. Não há mais remorso, não há culpa, não há dúvidas. Ela já sabe que é uma grande mulher, atraente, feminina, e que pode se sentir mais completa na vida. Ela está pronta para ser feliz!

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