quinta-feira, outubro 24, 2019

A Monstrinho


Ela se chama de monstrinho. Diz para eu não me aproximar, que se irrita com qualquer coisa, que não sabe ser carinhosa, que não sabe dar nem receber amor...

Em nossa primeira conversa, ela foi doce. Muitos sorrisos. Muitos abraços. E vi em seu olhar alguém diferente do que dizia ser. Feminina, meiga, com muita vontade de se apaixonar, de se entregar. Mas ela não me disse. Não confessaria.

Assim como a maioria das mulheres, ela já sofreu muito na mão dos homens. Confesso, somos em grande parte pessoas egoístas e mimados. De qualquer forma, não sou assim. Tentei mostrá-la isso, que ela pode ficar à vontade comigo.

Depois de um primeiro encontro em que pudemos nos conhecer e trocar algum carinho, mesmo que superficial, percebi que ela ficou diferente comigo. Já se abriu mais. E demonstrou que gostou de mim. E que queria me ver de novo. Convidei-a até minha casa.

Ela chegou e passamos bastante tempo conversando, entre um vinho e outro. Não tardou para o vinho fazer efeito e entrarmos em um assunto mais íntimo. Ela me confidenciou que o sexo que ela sempre fez foi mais selvagem, com muitos tapas, xingamentos, e dominação.

Não, não é o que curto. Curto a valorização da mulher, a demonstração de carinho, de desejo, mas sem violência. Cultuar o corpo, elevar o espírito, dar prazer ao máximo para receber em dobro. Esse é o sexo perfeito.

Bastante jovem, me contou que, em suas experiências, teve a certeza de que o carinho era coisa de novela, que homem é sempre bruto, não se preocupa em dar prazer. Ela me olhava fixamente enquanto eu dizia que as coisas podem ser diferentes, mostrou surpresa, e cada vez mais a notava derretida, entregue. Ela não se aguentou e pulou em cima de mim, me beijando freneticamente enquanto eu arrancava sua roupa, e ela a minha.

Não paramos de nos beijar enquanto ela se encaixou por cima em meu membro já bem ereto. Que visão aquele olhar de desejo, aquele rosto delicado, pele bem branca, seios fartos e muita, muita atitude!

Quis dar a ela uma sensação diferente, e desacelerei as coisas. Não deixei que ela xingasse, não bati nela quando ela pediu, segurei seu corpo para que ela não cavalgasse enlouquecidamente. Apertei sua cintura, segurando o corpo dela junto ao meu. Comandei o vai-e-vem. E beijei. Beijei muito sua boca enquanto isso.

Ela parava de me beijar, e dizia que não está acostumada, que não consegue sentir as duas sensações ao mesmo tempo. E eu a calava com outro beijo. Ela gemia e rebolava e se afastava para poder respirar, se livrar desse turbilhão de sensações que ela estava sentindo. Aproveitei para chupar muito seus seios, e eu sentia de minutos em minutos ela gemer mais alto e se tremer toda, me apertando e me arranhando as costas. Ela gozou algumas vezes, para meu prazer.

Quando ela não mais aguentou e me soltou, ela quis retribuir. Se joelhou e me fez um oral delicioso. Aceitei as sensações e me deliciei com sua boca até finalmente gozar, de forma intensa. Adoro gozar no oral, não ter mais controle sobre o ritmo e a sensação.

Ficamos bem abraçados quando terminamos, nus, por muito tempo. Fiz questão de fazer muito carinho em seu corpo, deixá-la protegida com meu abraço.

Ela não parava de olhar para mim. Com um olhar carinhoso, feliz.

“Não olha assim pra mim não. Senão vou me apaixonar. Será que cabe eu aí?”
Outroeu – Não Olha Assim Pra Mim

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