sexta-feira, novembro 23, 2018

Aquele Outro Tipo de Atração


Venho aqui primeiro me declarar. Sou homem. E o que diz nosso instinto? Deseje a mulher com curvas, seios fartos, bunda grande, cintura violão, pernas grossas, lábios chamativos.

Admito, procuro isto tudo em uma mulher. Sou homem, oras! A tal da atração é fundamental. Não sei o que é, só sei que quando aparece, já era. A gente quer conquistar. E quando se consegue alguém que você quer muito, é foda! Desculpe, essa é a melhor palavra!

Vivi as experiências que queria e procuro um novo tipo de atração. Sabe bem como é, a gente vai envelhecendo e a busca muda. Aliás, venho atualizar aqui, eu procurava! Achei alguma coisa que ainda não sei bem o que. Eu me deparei recentemente com uma situação que vou te falar, não sei como descrever. Vou tentar aqui um nome, um rótulo: atração intelectual! Isso, faz essa cara esquisita, eu também não entendo!

Fato é que ela é sim bonita, ela é sim uma mulher atraente. Não poderia ser diferente. Homem, instinto, ah já expliquei!

Mas é mais que isso. Conheci a parte intelectual dela primeiro. Conversamos muito e aos poucos fui conhecendo-a como ser pensante, e que desafio é ser interessante para ela. Ela é inteligente, sensível, acima da média. E isso provocou meu instinto. E o desafio só aumentou à medida que ela se mostrou inacessível. Vontade de conquistá-la bateu forte, e quando acontece isto, já vi que estou em maus lençóis! Porque sou meio mimado, admito. Quando eu quero, eu insisto até conseguir.

Nossas conversas, olho no olho, foram um festival de mensagens subliminares nas palavras, nas atitudes, no corpo. Ela se esquivava, mas gostava. Do meu olhar, minha descrição do que era interessante (nela). Eu percebia que fazia bem a ela, mesmo ela fingindo ignorar. 

E o tempo passou, eu paciente, ela foi me dando sinais também. Ela escrevia para mim, coisas que não se escreve, somente se pensa. E mesmo que não dizendo que era sobre mim, estava tudo lá, o desejo latente, a vontade de estar bem íntima comigo. Ela é minha em pensamento, não havia mais como negar.

E a vontade dos dois, eu fiz acontecer. Armei uma armadilha. Pense em uma ratoeira com aquele queijo brie delicioso. Eu morro feliz, mas não resisto a tentar pegar. E morremos em uma noite lá em casa, com a desculpa de tomarmos um vinho e conversarmos sobre nosso livro favorito. Aquela série que ela já leu todos, e eu ainda estou no segundo.

O vinho fazendo efeito, e a conversa sobre aquele romance improvável (o do livro) não tardou a darmos detalhe sobre como é uma paixão avassaladora, o que nos dá tesão, e o quanto - finalmente disse – sinto atração por ela. Antes que ela pudesse ignorar, puxei-a para cima de mim e a encarei, desafiando-a a não me beijar após ver meu olhar de desejo e meu membro enrijecido tocando as coxas dela. E não, meu amigo, ela não resistiu. O beijo foi forte, foi rápido, e pude finalmente sentir aqueles lábios que tanto fantasiei beijar. Não tardou para as roupas caírem e eu poder sentir aquele corpo todo, ver e sentir cada curva que eu só imaginava.

Vou dizer, meu amigo, não me inveje por favor, mas tenho que dizer que ela é perfeita. Ela se entregou como nunca vi, a gente queria se tocar, se provar, se sentir, e a excitação não parava de crescer. Aquela boca passando pelo meu corpo me deixa louco até agora só de lembrar, e entrelacei meu corpo com o dela de uma forma que perdi o chão. Nunca esqueço o jeito dela, o olhar de tesão, de prazer. Foi uma noite inesquecível.

Mas ela não pode ser minha por completo, eu entendo. No dia seguinte, conversamos sobre o livro novamente, como sempre fazemos. Sem os excessos da noite anterior. Não mencionamos o que houve, foi um momento especial que não cabe a outro dia.

E tenho que te dizer, começamos a ler outro livro. E por isso estou aqui no mercado, procurando o vinho para nossa próxima discussão.

Quer ler a versão feminina desta crônica? Leia AQUI no excelente blog "PELAMENTE"!

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