Ela apareceu como um trem-bala em minha vida. Passou
rapidamente e ficamos algum tempo sem nos falar. Mulher doida, falando e
fazendo coisas doidas. Mas o jeitinho dela... Algo bateu dentro de mim.
Eis que ela retorna. Está diferente. Feliz, realizada, e
brilha! Como brilha! Suas qualidades saltam aos olhos de todos. A
espontaneidade, inteligência, sua beleza sobressai, seu charme chama atenção. E
que sorriso...
Não consigo esconder, é fácil perceber. Estou completamente
hipnotizado por ela.
Faço questão de elogiá-la todos os dias, dizer o quanto ela
me atrai. Ela gosta, mas não responde. Eventualmente diz que me acha
interessante também, mas tudo evolui bem lentamente. Gosto assim.
Faço parte da nova pessoa que ela se tornou. Sou o novo erro
dela. Chega das doideiras que ela viveu no passado, das pessoas que só pensam
nela como alguém para ser usada. Ela vai errar com alguém que se importa com
ela, que quer saber tudo sobre ela, que quer ajudá-la a crescer ainda mais. Sou
o amigo, o conselheiro, o confidente agora. E serei eu a quem ela poderá
recorrer para pedir um carinho, sentir-se à vontade, protegida, íntima.
Fantasio diariamente com ela. Dizer em um sussurro o quanto
ela me atrai, o quanto tenho sorte de tê-la conhecido. Beijar sua boca com a
intensidade que tenho por ela, tirar cada peça de sua roupa e explorar com meus
lábios cada curva que me deixa louco só em desejar. Dar prazer. Dar sensações
que ela não está acostumada. Fazê-la sentir que o sexo é mais do que a
penetração. Tirá-la do chão, levá-la às nuvens. Ficar sem saber se deve sorrir
ou gritar, enquanto nossos corpos estão unidos, suados, e tremendo de
prazer.
Mas não quero apressar as coisas. Adoro o quanto estamos
evoluindo, o quanto estamos querendo bem um ao outro. Temos uma vida inteira
para sermos mais próximos, para que ela seja minha, toda minha, de corpo e
alma.
Nenhum som sai da minha boca, mas em pensamento, eu digo a
ela todos os dias: “Só vou ficar satisfeito quando eu souber que estarmos juntos
significa que eu vou bagunçar você”
“A gente fica mordido, não fica?
Dente, lábio, teu jeito de
olhar
Me lembro do beijo em teu
pescoço
Do meu toque grosso
Com medo de te transpassar
Peguei até o que era mais normal de nós
E coube tudo na malinha de mão
do meu coração
Deixa eu bagunçar você
Deixa eu bagunçar você
A gente fica mordido, não fica?”
Liniker e os Caramelows - Zero
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